segunda-feira, 8 de julho de 2013

Modelo de torcida


Eu tenho preguiça de ler qualquer texto que comece com "o brasileiro". Mas olha só, que ironia, vou ter que escrever um desses...

O brasileiro tem o melhor modelo de torcida que eu já vi. Ele não torce, ele gosta de ganhar. Se Senna não morresse e, caso disputasse, perdesse os dois próximos campeonatos, era um fracassado.

A gente não suporta perder. Sempre é culpa de alguém. Normalmente de uma entidade externa ou de uma sacanagem.

A França esculachou o Brasil na final da copa de 98. Culpa de quem? Nike!

A safra do Brasil é meia-boca, mas se o time perde, é a CBF a culpada. Nunca o adversário que jogou pra caramba.

Olha só, esse Anderson Silva era, até semana passada, o maior lutador de todos os tempos. Isso mesmo. Pode procurar aí. "Melhor lutador de todos os tempos". Por que?

- "Ele é muito melhor que os outros. Luta com a guarda baixa. Esculaxa o adversário."
- "Ele brinca no ringue de tão bom que é."

Beleza. Aí ele faz o que sempre fez na vida toda. No entanto, perde.

- "Foi comprado."
- "Escroto! Bem feito! Não respeita os adversários."
- "Lixo. Nunca foi lutador."
- "Foi a Nike"

Amiguinhos, como dizem na minha terra, vocês são muito garapeiros.












quinta-feira, 27 de junho de 2013

Meia-maratona!

Hoje eu cumpri a promessa feita há 11 meses atrás e corri uma meia-maratona em homenagem a meu pai.

Foram 21.1km em 2 horas 4 minutos e 44 segundos. Fiz em um pace (5:53min/km). Melhor do que eu tinha estipulado (6min/km). Esse pace é extremamente confortável para mim. Não fiquei ofegante em momento algum.

Como quase tudo que faço, fiz sem seguir regras, conselhos, dicas etc. Ou seja, da maneira errada. Eu saí para correr 16km, mas depois do km 15 eu entrei em transe, igual Ayrton Senna em Monaco. Fiz os últimos 6.1km sem pensar muito.

Por não seguir regras e dicas, eu cometi vários erros:

  • Não bebi água em momento algum. Não façam isso crianças. No km 19 eu tava trocando minha dignidade por um copo d´agua.
  • Não sabia que ia correr a meia antes de começar. Isso não é bom porque quando você vai correr, seu cérebro parece que te prepara para a distância que você disse que ia correr.
  • Não calculei onde a prova ia terminar. Terminei no meio de um parque. Isso me fez andar 4km depois do fim da prova pra pegar o busão de volta pra casa :)

As dores que senti:


  • Na alma toda e todo o tempo. 21.1km são desafiantes demais psicologicamente falando. Tem momentos em que o tempo não passa. Tem momentos em que você diz: "Porra, não foi nem metade ainda". Mas se controlar o psicológico e mantiver um pace confortável, a prova não é exaustiva.
  • No joelho. Entre o km 04 e 05. Por causa de uma descida muito íngreme.
  • Na parte de trás da perna direita. No km 19. Fadiga mesmo.
  • Na perna direita toda. Entre o km 19 e 21.
Se alguém vier com a pergunta canalha "e aí, pronto para a maratona?" Eu sou capaz de ir correndo até onde você está e te matar engasgado com seu próprio fêmur.

É isso. Eu tinha uma motivação clara para correr a meia até 06 de agosto. Acho que minha carreira de longa termina por aqui. Daqui pra frente vou manter as corridas de 10km. No máximo 15km.

O que foi importante nesse processo todo foi a diminuição do álcool. Eu ainda bebo, mas escolho os dias para beber. Não pode atrapalhar os treinos.

Minhas dicas:

  • Siga as dicas dos profissionais quanto à hidratação e alimentação. Eu não sigo e me lasco por causa disso.
  • Não falte treino. Não importa o que aconteça.
  • Compre tênis apropriado.
  • Tenha objetivo definido.

Detalhes técnicos sobre a corrida:

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Pra encerrar, queria agradecer no maior estilo Nelson Piquet: "Eu agradeço a mim mesmo. Fui eu que corri essa porra."


"So long. So long.
 Somewhere down the road you're singing my song
 Still life remains
 Somewhere in my heart the beat goes on"
(mudei um pouco a letra)

terça-feira, 14 de maio de 2013

FacEclipse - A IDE de 1 milhão de dólares

Acabou de sair da minha cabeça uma ideia que eu venderia (à vista) por 1 milhão de dólares americanos.

Um fato. Grande parte dos problemas no desenvolvimento de software estão relacionados com comunicação:


  • Falta de comunicação
  • Comunicação ineficiente
  • Erros durante a comunicação
E se o eclipse fosse um ambiente semelhante ao facebook? Se para cada código comitado fosse possível:

  • Dar um joinha como forma de dizer: gostei disso!
  • Elaborar discussões a respeito daquilo (comentar)
  • Compartilhar com o resto da equipe algo que você acha muito importante
  • Perguntar diretamente ao desenvolvedor o que ele quis fazer com aquilo ou do que se trata aquele código (chat)
Perceba que isso é feito, mas está distribuído em diferentes fontes (lista de desenvolvedores, comentários em commits, documentos que ninguém lê, diagramas que ninguém atualiza etc). Por exemplo, as discussões que são feitas por lista de email estariam a um clique da entidade (método, classe, atributo etc) relacionada.

Outro ganho seria o treinamento de desenvolvedores. Aprender a programar é difícil. Normalmente, a melhor forma de fazê-lo é ter um Jedi ao seu lado. Com o FacEclipse, os Jedis estão o tempo todo ao seu lado e disponíveis a um clique.

Vai filho. Constrói. Ganhe dinheiro. E volta pra dar minha parte.