segunda-feira, 4 de abril de 2016

Resenha: Copa do Nordeste (Campinense X Salgueiro)

Ah… mas vai ter MATA-MATA na Copa do Nordeste sim! E se reclamar, vai ter mais.

Amigos do Facebook e redes (sociais) afiliadas, com o oferecimento da Shineray motos, Bar do Nilson e Hospital de Trauma, este que vos escreve besteiras em distribuição uniforme está de volta à capital da paraíba do oeste, única cidade do mundo que serve omelete de petisco. Cidade que, em sua região metropolitana, abriga nada menos que os seguintes polos: gastronômico, tecnológico, médico, de poços artesianos, universitário, político, calçadista, têxtil, culinário e futebolístico. Campina Grande, um polo de polos.

No final de semana que abrigou o clássico Real Madri e Barcelona, a resenha cobriu o jogo mais importante: Campinense Clube X Salgueiro. Afinal, quantas copas do nordeste o ~~meu Barcelona~~ já ganhou? Cristiano Ronaldo já chupou laranja com quem, fera?

E agora, amigo, é mata-mata. Suassunamente falando, é o regulamento que marca o nosso estranho destino sobre a terra, aquele regulamento sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados.

Carta aberta ao meu time: este cronista, novamente, sob influência de cereais não maltados, quase não consegue segurar a barra que é gostar de você, Campinense Clube.

E assim. Transitando entre Ariano Suassuna e Raça Negra, a resenha começa a cobertura do segundo jogo das quartas de final desse torneio que mal conhecemos, mas já gostamos pakas. Sob forte chuva no início da noite dominical, este cronista viu a face mais sombria do capitalismo. A capa de chuva (um saco plástico com mangas curtas) antes da chuva era $1,00. Depois, R$7,90. #vaipracuba

Enfim, o maior do interior do nordeste veio com o esquadrão assim perfilado:

Glédson (O Taffarel bonito)
Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo!)
Joécio (Um Tiago Silva insensível)
Tiago Sala (Um Lúcio com os remédios em dia)
Danilo
Leandro Sobral
Magno (O Pirlo que deu certo)
Filipe Ramon
 Róger Gaúcho
Jussimar
Rodrigão (Nosso garoto. O George Weah da Bela vista)

O carcará que não pega, mata, nem come ninguém, veio com a seguinte formação:

Mondragon (melhor nome de goleiro), Raniei, Toty, Marlon e Luiz Eduardo; Nilson, Jaildo, Jéfferson Berger e Paulinho Mossoró; Anderson Lessa e Lucas Piauí.

Rola a bola no amigão.

Bicho de hoje: uma depilação premiada do senador Delício do Amaral

Confiante e recusando o bicho, o melhor do interior do nordeste já chegou assustando o adversário. Nos 3 primeiros minutos foram 2 gols incríveis perdidos pelo nosso garoto. O George Weah da Bela Vista já está na pior fase da carreira, pois não marca há 2 jogos.

O time começou avassalador. Roger estava muito bem e dava pinta de que ia ser uma noite de goleada.

Fala Dona Ivone Lara!
     - Sonho meu. Sonho meu.

O jogo seguiu meio morno. Com os times disputando muito a bola.

Detalhe tático: mais uma vez, foi elogiável a disposição e aplicação tática do Campinense. Francisco el loco Diá mais uma vez protegeu a lateral direita como deveria. Dessa vez, Samuel Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo!) jogou no flanco direito, também protegido pelo nosso 10. 

Foi muito bonito ver o revezamento dos dois na marcação. Isso é coisa de time bem treinado e de jogador aplicado.

Assim, o time veio em um 4-4-2 que muitas vezes virou 4-3-2-1 e até 4-3-3. El loco Diá e seus comandados deram aula de tática hoje. Segundo Tite, o time teve muita taticabilidade.

Detalhe sobre a arbitragem:  o bandeira do lado direito veio mal intencionado. 3 impedimentos ilegítimos marcados na linha da defesa do Carcará. Seriam chances imperdíveis de gols. Na verdade, a arbitragem como um todo foi um desastre. A começar pelo golpe que iniciou a noite de agonia no amigão. Aos 44, em um escanteio confuso, a bola sobrou para Anderson Lessa que, impedido, marcou um gol de cagada.

Silêncio de 10 segundos no amigão. Pairava no ar angústia e dúvida no maior estádio da paraíba.

Mas a torcida, que compareceu em peso, voltou a cantar novamente. Mostrando claro e irrestrito apoio ao time.

Intervalo.

- ‘Cremosin! Cremosiiin! Cremosiiiiiiin, Mizera! Quanto tá?'
- 'R$1.50.'
- ‘Nesse frio?! Tá de sacanagem?'
- ’Sim.'
- ‘Beleza. Me dá 2.'

Intervalo é tempo de relembrar uma passagem importante na vida deste cronista. Durante a semana, a resenha teve a oportunidade de trombar com o nosso garoto no centro da cidade. Rodrigão, confiante, disse que ia ser um jogo difícil, mas que passaríamos para a semi.

Do encontro, este cronista saiu satisfeito e ainda conseguiu ser incluído no GRUPO DO WHATS dos jogadores. Durou um dia só. Este cronista viu fotos de churrascos que vos despertariam os instintos mais primitivos. Haja churrasco e resenha. Dá pra gente não, amigos.

Rola a bola no segundo tempo.

Ainda baleada pelo gol no fim da primeira etapa, a raposa entrou na segunda metade nervosa. 

Nosso camisa 7, melhor do jogo junto com Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é o 5, amigo) levou amarelo logo aos 9 minutos. É importante registrar esse fato pela sua relevância no decorrer da partida.

Antes disso, a resenha tem a obrigação de ressaltar a participação de Magno. Mais uma vez, foi impressionante. É estranho que não haja outros times interessados no nosso camisa 7. 

E qual o motivo de destacar o amarelo do nosso 7? O motivo é que, aos 29, em uma jogada incrível, o meia do Carcará saiu driblando nossos volantes e zagueiros sem sofrer resistência alguma. Magno, certamente poupando-se do vermelho, acabou não matando a jogada. A bola sobrou para Piauí ( o artilheiro do time pernambucano no campeonato ) que não perdoou.

Pausa: A resenha tem o maior respeito por jogador com nome de Estado ou Cidade. Poucos homens de bem não possuem o nome assim.

Segue o jogo. Amigo, daí para frente foi desespero. El Loco Diá, em uma atitude que este cronista cornetou, trocou Roger, nosso 10, por Adalgísio Pitbull. A resenha foi contra porque abriria uma avenida na lateral direita. Contudo, Diá não é treinador de time pequeno que joga para ir para os penaltis.

A agonia estava maior do que ler essa resenha toda. Até que, aos 35, o amuleto de Diá saiu trombando com todo mundo dentro da área e encerrou a dança da solidão das redes Salgueirenses. Oh Glória! Só a benção.
 
Este que vos escreve não se lembra de ter abraçado tanta gente na vida. Pede até desculpas para quem não se sentiu confortável diante de abraços tão efusivos.

Agora tome agonia, meu véi . Dois exemplos: Sobral, de chuteira obviamente preta, estourou a bola em uma dividida. Samuel Negretti (Que volante! Meu camisa 10 é 0 5, amigo) sofreu falta e quem saiu contundido foi o agressor. 

O juizão teve a coragem de dar 4 minutos de acréscimo.

Diá, lendo a resenha, percebeu que o flanco direito não poderia ficar sem combatente. Assim, colocou Everaldo no lugar de Felipe Ramon.

O jogo seguiu sem que este cronista se lembre muito do que aconteceu, dadas as condições psicológicas adversas. 

Fim de jogo! O Campinense perde uma invencibilidade de 1 ano no amigão, mas passa para a semi-final da Copa do Nordeste.

Agora, naturalmente, só tem time grande: Campinense, Bahia, Santa Cruz e Sport. Há quem defenda Recife como anexo da Grande Campina Grande para que o Campinense tenha rivais a altura.


Respeita a raposa, mundiça.

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